segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Capítulo 04: Dama de Aço

CENA 01. AEROPORTO DE SÃO PAULO. INT. DIA
Continuação Imediata do capítulo anterior

     Maria Clara está chorando, desesperada:
     Maria Clara- Eu quero a minha filha!
     Zumira- (apontando) Temos que ir a até a delegacia!
     Maria Clara- Eu vou com a mamãe até lá! Você fica aqui com as crianças! 
     Jorge- Eu não vou ficar coisa alguma! Você que leve eles!
     Maria Clara-  (irada) Cala a boca e senta ai! Você vai ficar com eles!
     Maria não deixa Jorge responder e vai em direção a um distrito policial.
CENA 02. AEROPORTO DE SÃO PAULO. POLICIA FEDERAL. INT. DIA
     Vemos uma enorme sala com pessoas na maquina de escrever, mulheres falando ao telefone, outras pessoas sentadas na recepção. Maria Clara entra juntamente com Zumira.
     Maria Clara- (desesperada) Minha filha sumiu! Eu preciso acha-la!
     Atendente- Senhora! Tenta se controla, só assim posso lhe ajudar!
     Zumira- (tomando a fala) A minha neta, Sara Castro desapareceu no aeroporto! Minha filha está muito nervosa!
     Maria Clara- (batendo no balcão) Exijo ver o delegado! Agora!
     Atendente-  (calmamente) Se controle, senhora! Desse jeito ninguém poderá ajuda-la!
     Nadir- (vindo de dentro de um corredor) O que está acontecendo aqui? Que gritaria é essa?
CENA 03. HELICOPETRO. VOANDO. INT. DIA
     Vemos o interior de um helicopetro, onde encontramos Nicia, Marcio, Pedro e Sara que está cedada no colo dele:
     Nicia- (se olhando em um espelho do estojo de maquiagem) A burra do Piauí já deve está desesperada!
     Marcio- (rindo) E a garota dorme tranquilamente com o nosso sonifero!
     Pedro- (com Sara no colo, fazendo cafuné)Gostei dessa menina! Achei ela muito fofa!
     Nicia- (com ironia) Não me diga que  se apegou ao girino?!
     Pedro- Não! É claro que não!
     Nicia está arrumando os cabelos no espelinho e mandando beijos para o seu reflexo.
CENA 04. AEROPORTO DE SÃO PAULO. CABINE DA DELEGADA. INT. DIA
     Maria está na cabine da delegada juntamente com sua mãe. Ela parece mais calma.  Está com um copo d' àgua na mão.
     Nadir- (analisando) Então quer dizer que com uma minima distração a sua filha se perdeu?
     Maria Clara- (confirmando com a cabeça freneticamente) Isso! E eu não sei o que faço!
     Nadir- (sem esperança) O que eu posso fazer por você, eu fiz! Que foi cominicar os seguranças e mandar a policia procurar na redondeza! O que eu sugiro para a senhora é que vá pra casa e aguarde uma resposta! Farei o possivel para acha-la!
     Maria Clara- (chorando)  Eu estou desesperada!
     Zumira- (consolando) Mas devemos fazer o que a dona mandou! Ficar aqui não irá resolver, além de que você tem mais cinco filhos pra cuidar!
     Maria Clara- (levantando da cadeira tristonha) A senhora tem razão, mamãe! Vou cuidar dos outros, mas não deixarei de pensar em Sara!
     Nadir- Mandei sua história para o jornal... Quem sabe não a encontre por lá... (ela dá um papel para Maria Clara) Aqui está o meu telefone pessoal, qualquer coisa me ligue!
CENA 05. taxi. INT. DIA
     Vemos Maria Clara junto com seus filhos, sua mãe e Jorge dentro do taxi, ela está chorando e olhando a paisagem do vidro transparente.
CENA 06. SOBRADO DA FAMÍLIA CASTRO.FRENTE. EXT. DIA Vemos a frente de um lindo sobrado azul claro, com um pequeno jardim a sua frente. Uma rua bem movimentada e em frente ao sobrado uma praça com varias arvores, banquinhos e carrinhos de doces e pipocas.
     Em frente ao sobrado, para um taxi e dele desce: Maria, seus filhos, Jorge e Zumira:
     Jorge- (respirando fundo alegremente) Chegamos!
     Zumira- (com todas as malas) Dá pra me ajudar aqui, Jorge?
     Jorge- (arrogante) Cala a boca, velha! Já te trouxe pra morar conosco! Dê por satisfeita!
Jorge abre o portão e a porta de entrada e desaparece seguida de Maria, os filhos e Zumira.
CENA 07. SOBRADO DA FAMÍLIA CASTRO.SALA. INT. DIA  
     Vemos uma enorme sala de estar, com um piso de madeira, sofá de dois e três lugares, estante com uma televisão da época, uma cristaleira, uma mesa de jantar ao canto da sala, duas enormes janelas e uma escada de madeira no outro canto da sala.
     Jorge senta-se largado no sofá, jogando os sapatos no ar:
     Jorge- (aliviado) Como é bom está em casa!
     Maria Clara- (tristonha, colocando Carol no chão) Só queria está com a minha filha...
     Jorge- Você ainda tem cinco filhos! Pra que mais um?
     Maria Clara- (irritada) Porque, Jorge, um filho não substitui o outro! Sara nunca será esquecida, muito menos substituida!
     Jorge- (ironico) Uma pena!
CENA 08. MANSÃO DOS SÁ.SALA. INT. DIA
Uma enorme sala é mostrada, com um sofa  em L, uma enorme estante com TV e livros, poltronas e cortinas chiques nas janelas de madeira.
     Judith está sentada no sofá lixando as unhas com as pernas cruzadas. Ela está apreensiva. A porta de entrada é aberta bruscamente e vemos Pedro, Marcio e Nicia entrar com Sara dormindo:
     Nicia- (sorrindo maldosamente) O girino chegou!
     Judith- (pegando a crinça do colo de Pedro) Mas que criança linda! O que farão com ela?
     Marcio- Será morta e os orgãos vendidos no exterior! Nicia sempre genial!
     Judith- (fazendo carinho na cabeça de Sara) Não! Eu não permito isso! Vocês não farão uma coisa dessa com a criança!
CENA 09. SOBRADO DA FAMÍLIA CASTRO.COZINHA. INT. DIA    Maria está preparando a comida a beira do fogão,  Zumira está descascando batatas. Jorge entra. Acabara de tomar banho, senta-se largadão na cadeira:
     Jorge- (comendo um pedaço de pão) Amanhã eu irei viajar!
     Maria Clara- (indignada) Mas já? E a nossa filha? Eu não conheço nada nem ninguém aqui! Como farei as coisas?
     Jorge- Deixa de tantas perguntas, mulher! Eu vou viajar amanhã  e antes que me pergunte, eu vou para o Chille, tenho negocios a tratar lá! E tem uma chilena me esperando! Você vai se virar por aqui. Tem a velha da sua mãe pra te ajudar, tenho certeza que vai ficar bem! A dispensa está cheia, não precisará de mim!
     Maria Clara- Mas...
     Jorge- (interropendo)   Calada! Quero a comida pronta em dez minutos! Estou morrendo de fome!
CENA 10. MANSÃO DOS SÁ.SALA. INT. DIA
     Nicia- (com raiva de Judith) Com é, Judith? Você vai me empedir de me vingar da burra do Piauí?
     Judith- (segurando Sara com força) Não! Só estou salvando uma vida! Eu vou cria-la e você não vai me impedir, eu tenho partes em tudo que é seu, sou mais rica que você e o melhor...  Posso te denunciar por ter raptado dois bebês!
     Nicia- (irada) Está certo, Judith! Mas eu não quero ver essa menina a dois metros de distancia de Maria. Ela não pode nem cheirar o mesmo ar que a burra!
     Judith- (com uma risada de canto de boca) Não se preocupe, mudarei até o seu nome para Clarissa de Sá! Herdeira minha e do Pedro!
CLOSE NO ROSTO DE JUDITH EFEITO FINAL. CONGELA EM JUDITH COM CARA DE SUSPENSE...

                     FIM DO CAPÍTULO   
Os créditos sobem ao som de:

Meu Rio- Maria Gadu

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